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19 de Abril de 2024

Psicólogos e pacientes se sentem aliviados com a corajosa decisão de um juiz federal

há 7 anos

A polêmica decisão do juiz da 14ª Vara do Distrito Federal, que possibilita o uso de terapias de reversão sexual, trouxe tranquilidade para muitos pacientes e psicólogos. Os primeiros por se sentirem abandonados pela ciência, e os últimos por se sentirem privados de liberdade no exercício da profissão. Um dos autores afirmou que a ação judicial nada tem a ver com a intenção de promover a cura gay, e sim de fazer com que o profissional não se sinta "coagido, com medo de ser cassado". [1]

O Conselho Regional de Psicologia do RS, porém, contesta a decisão do juiz. A presidente do Conselho afirma que há um equívoco na interpretação do juiz. Segundo ela a resolucao de 1999 não proíbe o atendimento reservado por psicólogos e a pesquisa sobre a homossexualidade, de modo que a procura para falar sobre esse tema é, inclusive, comum em consultórios. A questão a ser levada em conta pelo profissional, diz ela, é a abordagem, ou seja, o profissional de psicologia não deve ligar a ciência psicológica às práticas que a psicologia não tem acúmulo científico para endossar. [2]

O Conselho Federal de Psicologia, por sua vez, afirmou que a decisão é uma violação dos direitos humanos sem qualquer embasamento científico. Contudo, apesar ser provisória, a decisão já tem validade plena, até que se julgue o mérito. O recurso será julgado por um desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que poderá referendar a liminar ou derrubá-la. [3]

Alguns famosos também estão usando a mídia para se manifestar. Uma cantora famosa que possui mais de 17 milhões de seguidores numa rede social de fotos, entendendo erroneamente que o juiz tratou a homossexualidade como doença, afirmou que a decisão é equivocada. [4]

O que se percebe dentro desse contexto é que o bom senso foi substituído pela ideologia. Mas é preciso ter calma e esclarecer ao maior número de pessoas que a mídia está mentindo quando fala deste assunto. Um dos autores da ação explicou com muita clareza que em nenhum momento foi dito que a homossexualidade é uma doença ou que necessita de cura. Quem pulverizou essa falácia na mídia foi o Conselho de Psicologia, diz ele, para impedir que as pessoas sejam atendidas. Explicando a decisão do magistrado, ele esclareceu que ela não altera a resolução do Conselho Federal de Psicologia, apenas diz que o psicólogo pode atender aqueles que sofrem da homossexualidade egodistônica (quando o próprio indivíduo não se aceita como homossexual). Para fundamentar sua argumentação, ele cita o exemplo de uma criança que foi abusada dos cinco aos nove anos, in vérbis:

Por exemplo, uma criança que foi abusada dos cinco aos nove anos, imagine que esse abuso foi muito recorrente, muito intenso, e não só trouxe danos na infância, como também na fase adulta. Vamos imaginar que um dos danos, e digo dano porque ele não se aceita, foi essa relação e o desejo de se sentir atraído por pessoas do mesmo sexo _ pode até se relacionar, mas carrega um sentimento de culpa. E aí ele vem e busca o auxílio, diz que não quer mais sentir atração por pessoas do mesmo sexo. Se é isso o que ele quer, eu vou ajudá-lo a se fortalecer e ter a sua tomada de decisão. Eu não vou tomar a decisão por ele. A gente quer que os pacientes que não se aceitam, que tem um problema com a sexualidade e querem mudar _ e eu acredito que há a possibilidade de reorientação, sim _ sejam atendidos. A ação pede isso. [5]

O psicólogo ainda informou que alguns dos seus colegas se sentem intimidados e com medo dos chamados pacientes "fakes". Ele diz que existe a possibilidade de um indivíduo do movimento LGBT se passar por um paciente interessado em resolver este tipo de problema, mas apenas para denunciar o profissional de psicologia. Em razão disso os psicólogos estão se sentindo acuados e inibidos de atender sua demanda. [6]

Sendo indagado sobre a abordagem que é feita nesses casos, ele respondeu que todas as abordagens são importantes e ajudam, mas o mais importante é fortalecer a capacidade de autonomia do paciente. Ele diz que o ideal é trabalhar na perspectiva de que o paciente pode sim mudar se ele quiser mudar, afinal a homossexualidade não é uma questão inata, ou seja, ninguém nasce homossexual. [7]

Enfim, quanto à possibilidade de reversão, não restam dúvidas de que há psicólogos que defendem essa possibilidade. Muito se poderia falar sobre isso, mas, nada melhor que o testemunho de um ex-gay que conseguiu de forma surpreendente reverter sua homossexualidade. Falando com exclusividade ao Portal Guiame, Claudemiro Soares, compartilhou os seus sentimentos por ocasião do processo de reversão, in vérbis:

Infelizmente, temos visto a ideologia suplantar a pesquisa científica e a experiência clínica de dezenas de terapeutas que há décadas tratam desse problema de saúde pública. Além disso, a CID-10, no Código F66, destaca expressamente que a orientação sexual (a homossexualidade, por exemplo) pode constituir-se numa patologia, quando o indivíduo não a aceita e pretende modificá-la... O homossexualismo era desconfortável para mim. Era como um vício, inevitável. Essa percepção de "não haver saída" me irritava!... A mudança foi instantânea, radical, completa, definitiva... e deliciosa! [8]

Soares também comentou que muitos não têm interesse de expressar a verdade sobre a possibilidade de reversão por simples questão de conveniência. Segundo ele muitos são mantidos no homossexualismo para servirem de "reserva de mercado" para ativistas LGBT, políticos, professores universitários, psicólogos e advogados que exploram esse segmento da população, in vérbis:

Os homossexuais iludidos consomem os produtos e pagam pelos serviços desses profissionais... Há uma indústria do homossexualismo que movimenta BILHÕES de dólares em todo o mundo. Só a pornografia gay movimenta um montante gigantesco de dinheiro! Na verdade, tudo que vê nessa seara de promoção do homossexualismo é tão somente um ardiloso sistema de se obter sexo, dinheiro e poder à custa do sofrimento psíquico dos homossexuais. Essa é uma verdade muito inconveniente nessa era de ditadura do "politicamente correto", mas que precisa ser dita. [9]

Michael Glatze é outro exemplo de ex-gay. Através do seu testemunho ele prova que realmente é possível a reversão. Ele começou a se identificar como homossexual com a idade de 20 anos. Depois disso ele fundou uma popular revista homossexual para jovens — Young Gay America — com pouco mais de 20 anos, e se tornou uma fonte para os meios de comunicação nacionalmente reconhecida em questões homossexuais aos 30 anos. Entretanto, quando declarou publicamente que havia abandonado sua vida como proeminente ativista homossexual ele provocou ondas de choque em toda a elite homossexual. Em razão disso foi duramente criticado e de todas as formas pressionado a abandonar o novo estilo de vida. A violência psicológica foi tão grande, disse ele, que ficou um tempo totalmente retraído para entender melhor a situação, afinal estava sendo atacado por aqueles que antes eram seus amigos, in vérbis:

A fúria... contra pessoas como eu pode ser cruel e vil, e pode machucar... Eles não param por nada para fazer me sentir envergonhado por minha atual posição acerca da homossexualidade, e tentar me fazer duvidar do que experimentei em minha vida... estou mais feliz, mais confiante e muito mais saudável... Há inúmeras pessoas que saíram do estilo de vida homossexual com êxito... e que têm vidas felizes e saudáveis [10].

Mas o que diria o pai da psicanálise a respeito disso? Circula na internet uma carta de Sigmund Freud para uma mãe que tinha um filho homossexual. A mídia tem utilizado o documento para dizer que Freud negou a possibilidade de reversão sexual. Mas quando se faz uma leitura do documento de forma isenta percebe-se que isso não é verdade.

Numa simples leitura no texto nota-se que Freud está dizendo para uma mãe que tinha um filho homossexual, para não enxerga-lo como um doente ou criminoso. Sabemos que esse tipo de atitude quando verificada torna-se um complicador a mais na terapia de qualquer ser humano, seja ele heterossexual ou homossexual. O apoio familiar é indispensável para o equilíbrio e bem estar de qualquer indivíduo. Quer dizer, se destruirmos a família como pretende o movimento LGBT, restará uma sociedade com filhos realmente desiquilibrados e doentes, independentemente de sua preferência sexual.

Outra coisa importante dita por Freud é que embora o terapeuta não possa garantir o resultado do tratamento, em alguns casos é possível desenvolver tendências heterossexuais presentes em todo homossexual. Disse que em linhas gerais (grifo nosso) essa não é uma tarefa simples e que na maioria dos casos não vislumbrava possibilidade reversiva. Ele explica sua posição apontando a idade como um fator que interfere significativamente. Quer dizer, quanto mais cedo trabalhar melhor será o resultado. Mas apesar de sua franqueza, em nenhum momento Freud reprovou a mãe por ter buscado ajuda para o filho, nem mesmo afirmou que ajuda-lo seria uma tarefa impossível. Também não fechou a porta do seu consultório em nome da ciência. Pelo contrário, ele disse: “... ele poderia vir à Viena fazer sessões de análise comigo. Não tenho previsão de sair da cidade. Mesmo assim, não deixe de me dar uma resposta”.

Como se vê o pai da psicanálise se mostrou no mínimo interessado em atender e ajudar o paciente, quaisquer que fossem os seus conflitos. Ao contrário do que se propaga Freud definitivamente não recusou terapia a um homossexual que estava em conflito com sua homossexualidade. Pelo contrário, ele insistiu que o rapaz fosse levado ao seu consultório, pois sendo possível ou não reverter esta homossexualidade (o que pelo menos me parece que seria tentado) de uma forma ou de outra a análise poderia beneficiá-lo, disse ele. O que se depreende das palavras de Freud, é que os resultados, nesses casos, podem variar, mas não significa necessariamente que é impossível alcançar um resultado satisfatório. E porque a terapia seria necessária neste caso específico? O próprio Freud explica: “se ele está infeliz, envolto em conflitos, retraído da vida social, a análise pode lhe proporcionar harmonia e paz de espírito e completude”. Como se pode notar o documento não está dizendo exatamente o que as manchetes dos grandes portais da internet andam publicando. [11]

Enfim, a despeito dos protestos dos famosos e da pressão dos Conselhos de Psicologia, o que se pode afirmar à luz dos esclarecimentos e testemunhos acima, é que a decisão do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho não apenas merece aplausos, mas também deve ser prestigiada pelos tribunais superiores. O magistrado, através de sua decisão, restaurou a liberdade científica do psicólogo, permitiu o aprofundamento dos estudos na área de sexualidade, e o mais importante, trouxe alívio para muitos pacientes que antes estavam impedidos de obter ajuda profissional para reversão de sua homossexualidade. A mídia já fez um julgamento antecipado deste caso, mas a sociedade espera ansiosamente que na análise do recurso, os desembargadores honrem a magistratura e confirme a brilhante decisão.

Referências:

[1] GAUCHAZH, "Ninguém falou em cura", diz psicólogo sobre decisão judicial: Adriano Lima, um dos autores da ação contra a resolução que proíbe prática de reversão sexual, diz que pedido encaminhado à Justiça é para evitar que o profissional não sinta medo de ser cassado. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2017/09/ninguem-falou-em-cura-diz-psicologo-sobre-deci.... Acesso em: 25 set. 2017_a.

[2] GAUCHAZH, "Há um equívoco na interpretação do juiz", diz presidente do Conselho de Psicologia do RS: Silvana de Oliveira disse que resolucao de 1999 não proíbe o atendimento reservado por psicólogos e a pesquisa sobre a homossexualidade. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2017/09/ha-um-equivoco-na-interpretacao-do-jui.... Acesso em: 25 set. 2017_b.

[3] NICODEMUS, Mariana. Carta em que Freud trata sobre 'reversão da homossexualidade' é compartilhada nas redes sociais: 'Não pode ser qualificada como uma doença', afirmava o médico criador da psicanálise Mariana. Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/carta-em-que-freud-trata-sobre-reversao-da-homossexualidade-compa.... Acesso em: 25 set. 2017.

[4] GAUCHAZH, Famosos reagem após decisão da Justiça Federal de tratar homossexualidade como doença: Juiz do DF concedeu liminar que abre brecha para que psicólogos ofereçam a terapia de reversão sexual, conhecida como cura gay. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2017/09/famosos-reagem-apos-decisao-da-justiça.... Acesso em: 25 set. 2017_c.

[5] Ibidem, GAUCHAZH, 2017_a.

[6] Ibidem, GAUCHAZH, 2017_a.

[7] Ibidem, GAUCHAZH, 2017_a.

[8] NETO, Guiame. Escritor ex-gay afirma existir cura para a homossexualidade: "Minha mudança foi radical": Falando com exclusividade ao Portal Guiame, o escritor e palestrante Claudemiro Soares compartilhou um pouco de seu testemunho de vida e também como a insatisfação com a homossexualidade o levou a mais de 20 anos de pesquisas. Disponível em: https://guiame.com.br/gospel/noticias/escritor-ex-gay-afirma-existir-cura-para-homossexualidade-minh.... Acesso em: 25 set. 2017.

[9] Ibidem, NETO, 2017.

[10] NOTÍCIAS GOSPEL. Ex Gay conta seu testemunho e sua luta. Disponível em: https://noticias.gospelmais.com.br/ex-gay-conta-seu-testemunhoesua-luta.html. Acesso em: 25 set. 2017.

[11] FOLHA DE SÃO PAULO. Em carta escrita em 1935, Sigmund Freud negou possibilidade de cura gay. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/09/1920160-em-carta-escrita-em-1935-sigmund-freud-negou-.... Acesso em: 26 set. 2017.

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4 Comentários

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Está ficando especialista neste tema, hein? Rsrsrsrsrs

Sugestão:
Faça seu Trabalho de Conclusão de Curso ou artigo científico defendendo esta tese, Pirola!
Qual será sua nota? Como será a defesa? Como a banca se comportará?
Depois me diga, viu?

Sucesso! continuar lendo

Olá Drª. Fatima,

Obrigado pelo incentivo. Este artigo já estava previsto... é que não tinha como colocar tudo num só, iria ficar imenso. O meu objetivo nesta segunda parte foi inclusive trazer experiências concretas e reais que reforçam a possibilidade de reversão. Que bom que você gostou!

Quanto ao meu trabalho de conclusão de curso não trabalhei este tema, preferi a Infidelidade Virtual (do ilícito moral aos crimes virtuais) acho que influenciado por minha formação como Tecnólogo em Processamento de Dados. continuar lendo

"O magistrado, através de sua decisão, restaurou a liberdade científica do psicólogo, permitiu o aprofundamento dos estudos na área de sexualidade, e o mais importante, trouxe alívio para muitos pacientes que antes estavam impedidos de obter ajuda profissional para reversão de sua homossexualidade"

Se o autor pretende fazer um trabalho digno do mínimo de respeito deverá fazer ao menos uma pesquisa nos repositórios científicos a fim de verificar a inexistência (se for esse o caso) de trabalhos científicos em psicologia abordando a homossexualidade.
Se a liberdade científica foi restaurada, como afirma o autor, é necessário demonstrar que ela estava coibida.

Também será preciso demonstrar que haviam pacientes impedidos de tratar de sua homossexualidade nos consultórios psicológicos. Novamente, deve pesquisar para verificar o impedimento, se pretender alguma credibilidade ao afirmar que ela existia.

Sem essas pesquisas e seus resultados, seu artigo não passa de "achismo superficial" sem qualquer relevância. continuar lendo

Perfeito continuar lendo